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Vera Academia - 25/05/2018 - Coluna Vera Academia do dia 25.05.2018


Salve o esqueleto

Especialistas internacionais soam o alerta: uma onda de fraturas, de proporções nunca vistas, está vindo por aí. Não à toa, a Fundação Internacional de Osteoporose (IOF) alerta a população do perigo da doença que, após os 50, atinge uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens. De acordo com a Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (ABRASSO) o quadro é extremamente preocupante, só no Brasil o número de fraturas deve aumentar seis vezes mais em 2050. Mas o que leva o esqueleto humano, à medida que envelhece, a ficar mais vulnerável ao arrastão de quedas e quebras? Os fatores se dividem em genéticos e ambientais. No primeiro grupo, que está por trás de 60% dos casos, estão as pessoas de pele branca, baixas e magras, com histórico de osteoporose na família e déficit na produção de alguns hormônios. No segundo entram sujeitos sedentários, fumantes, com alimentação pobre em cálcio, baixa exposição à luz solar e/ou abuso de bebida alcoólica. A boa notícia é que podemos modificar aquilo que é relacionado ao estilo de vida. Não há limite de idade para mudar de vida e adotar hábitos mais saudáveis. Mas quanto mais cedo, melhor.

Em sua fase inicial, a osteoporose é indolor e silenciosa. Por esse motivo, não é pequeno o número de gente que não sente nada até sofrer a primeira fratura. Suspeitas de ossos frágeis e porosos são confirmadas no exame de densitometria óssea, indicado às mulheres acima dos 65 anos e aos homens a partir dos 70 anos. O resultado pode ser dividido em três categorias: normal, osteopenia e osteoporose. Detectada a osteoporose, o primeiro passo é apurar a quantas anda a ingestão de cálcio, o elemento mais importante para a formação do osso. O ser humano precisa, em média, de 1 grama de cálcio diariamente. E não há melhor fonte do que o leite e seus derivados. De nada, porém, adianta consumir a quantidade necessária de cálcio, se o corpo não tiver vitamina D suficiente para fixar o cálcio nos ossos. Tome sol por pelo menos 15 minutos ao dia, sem protetor solar, entre 10 e 16 horas. Fora dos horários de pico do calor, aumente o tempo de exposição para 20 minutos. Esse hábito é decisivo para obter vitamina D. Mas não é só de leite e de sol que o osso precisa. Praticar exercícios físicos, de uma simples caminhada a uma pelada de futebol, é extremamente bem-vindo para driblar a degradação óssea. A explicação é simples: músculos fortes tendem a proteger o esqueleto contra quedas e fraturas. O sedentarismo favorece a perda óssea. Entre os exercícios mais recomendados estão musculação, caminhada, corrida, bike e ginástica. 

Fonte: Saúde é Vital, março de 2018.

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