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Vera Academia - 23/06/2017 - Coluna Vera Academia dia 23062017


Navegue sem botar a saúde em risco

Cada vez mais conectados às redes sociais, encurta-se distâncias, ganhamos tempo, faz-se amigos e curte-se a vida (dos outros). Mas, sem bom senso, já tem gente pagando um preço: o bem-estar físico e mental. Os brasileiros estão entre os maiores aficionados de redes sociais do planeta. Somos 93,2 milhões de usuários ativos que gastam 650 horas por mês navegando nessas mídias.

O uso obsessivo de mídias sociais começa a ser associado a males físicos, como ganho de peso, problemas de coluna, transtornos mentais, caso de ansiedade e depressão.  Os prejuízos de levar uma rotina exageradamente on-line são até mais imediatos na saúde mental. Quanto mais tempo fica-se conectado, maior o risco de desenvolver sintomas de depressão. Quando a moderação sai de cena e as plataformas digitais são mal usadas, a vida escolar e, mais tarde, a profissional, paga o pato. Jovens de 12 a 15 anos estão penando com o cansaço em sala de aula. Uma pesquisa recente realizada na Inglaterra descobriu que um em cada cinco alunos acorda durante a noite para checar e responder mensagens. No dia seguinte, adeus foco e atenção à lousa e aos livros. Ainda não se sabe se os adolescentes acessam as redes sociais porque estão sem sono ou se perdem o sono por causa delas. Na dúvida, os educadores britânicos recomendam aos pais que, na hora de dormir, retire-se tablets e samrtphones do quarto dos filhos. Não existe idade ideal para os pais comprarem celular para os filhos ou liberarem acesso a algumas redes, mas ressalva-se que as crianças tendem a seguir o modelo que têm em casa. Cabe aos pais orientá-las sobre a melhor maneira e a frequência certa de utilização das mídias sociais.

O barco vira mesmo quando o acesso às redes sociais se torna compulsão. Sentir-se cada vez mais com vontade de usar as mídias, conectar-se para livrar-se dos problemas, ficar triste ou incomodado quando não pode acessá-las e utilizar tanto que há repercussões negativas em seus relacionamentos são pistas que não podem ser ignoradas. O primeiro passo para solucionar a compulsão é admitir sua existência. O segundo é reduzir drasticamente o tempo on-line. Em vez de se atualizar nas redes a cada minuto, os especialistas propõem só duas vezes por dia. Se o usuário desconfia que já perdeu o controle, tem de pedir apoio. Mas, antes de sair por aí pensando em desativar os perfis no Face, Insta e cia., saiba que não é todo internauta que está na zona de risco da dependência digital. Para a maioria, a solução é assumir uma postura mais moderada e ativa nas redes. Evitar exageros e ter uma postura ativa, sem cair na hiperexposição, parece uma das formas de desfrutar melhor esse ambiente.

Conselhos para promover um uso saudável das redes sociais:

. Estipule horários para acessar as redes sociais. Pela manhã, à tarde e à noite, por exemplo. Para não cair na tentação, desative as notificações sonoras dos aplicativos no celular.

. Deixe para usar o smartphone ou o tablete quando estiver sozinho. Na presença de amigos, familiares ou colegas de trabalho, dê atenção a eles. Se preciso, desligue o aparelho ou deixe-o sem som.

. Nos fins de semana, evite responder e-mails ou acessar as redes sociais. Dê preferência para atividades off-line como fazer trilha pelo mato, passear no parque ou ir à praia.

. Se estiver viajando ou assistindo a um show, deguste a experiência primeiro e só compartilhe com seus amigos depois. Não se sinta obrigado a expor sua vida a toda hora.

. Quando você tem algo importante a fazer, desconecte-se de tudo e concentre-se no que realmente importa. Acredite: você vai cumprir a tarefa em muito menos tempo.

. Procure recorrer às redes sociais apenas quando amigos e familiares morarem longe. Em vez de mensagens de texto, faça chamadas telefônicas e tente marcar encontros pessoalmente.

Postado: Leila Ruver
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