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Saúde - 22/03/2020 - Deputado Osmar Terra critica medidas adotadas para combater o Coronavírus


Disse que a restrição e o fechamento do comércio não vai diminuir o número de pessoas contaminadas

O Deputado Federal Osmar Terra, concedeu entrevista na Rádio Província, no programa Tribuna Popular, do jornalista Jalmo Fornari, onde criticou as ações que estão sendo tomadas pelas autoridades em relação as restrições que estão sendo impostas por causa da pandemia de Coronavírus.

Na contramão da maioria dos discursos que estão sendo pregados na atualidade o deputado criticou o que ele chamou de exagero de coisas que estão se fazendo sobre o Coronavírus. “Eu fui o gestor que enfrentou a gripe do H1N1, que matou mais gente do que a Coronavírus vai matar”, disse o deputado, que afirmou que o contágio do Covid-19 é 30 ou 40% mais rápido do que o H1N1, mas a taxa de mortalidade é bem mais baixa.

“É importante que a população saiba disso, porque se assusta muito e se explica pouco para população”, o deputado se refere ao fato de que, segundo ele, toda a epidemia tem um ciclo próprio que precisa ser cumprido. O deputado que é médico por formação, diz que como é um vírus novo, as pessoas não têm anticorpos para essa doença, e por isso, quando o vírus começa muitas pessoas já foram contaminadas e já estão transmitindo a doença. O parlamentar é taxativo ao afirmar que a epidemia somente será controlada quando ao menos 50% da população for contaminada. “Como se termina com a epidemia se não tem vacina e nem remédio? Quando as pessoas criam anticorpos, que daí o vírus não consegue mais entrar no organismo. ”

O deputado disse que todas as epidemias são assim, elas vão se propagar até que as pessoas criem anticorpos, e por isso, não tem medidas de isolamentos que possa conter o vírus de ter o seu ciclo natural de contágio. “Esse negócio de ficar isolado em casa não quer dizer que as pessoas não vão ter o vírus”, teoriza o ex-prefeito de Santa Rosa.

Segundo o parlamentar do MDB, ficar isolado em casa não resolve nada, uma vez que ele já se propagou e pelo menos, proporcionalmente, uma pessoa por família já teve contato com o vírus. Ele ainda comenta que o raciocínio de que o isolamento serviria para achatar a curva de progressão não funciona na prática. “Isso funcionaria se ele fosse colocado em pratica antes do vírus chegar no Brasil. Agora ele já está disseminado na população. ”

Osmar Terra disse que 95% das pessoas que vão ser contaminadas vão ser assintomáticas, ou seja, não irão apresentar sintomas e que por isso não justifica o fato de se parar a economia do país para que as pessoas fiquem em casa. “As pessoas vão ficar quatro meses em casa, olhando para o teto? Isso não existe. ”

“O grupo de risco nos idosos é com as pessoas acima dos 70 anos, e mesmo assim ela não precisa ficar trancada dentro de casa. Eu tenho 70 anos e estou caminhando, estou dando entrevista enquanto estou caminhando e me exercitando”, comentou Terra. Ele disse que esse público precisa apenas manter cuidados especiais para não se contaminar. Segundo ele esse cuidado é lavar as mãos. “Água e sabão é tudo. O vírus não resiste ao sabão. Lavar as mãos é o principal. E lavar as solas dos sapatos também com água e sabão. ”

Ele criticou o fechamento do comércio e os toques de recolher.  “A curva vai se achatar na terceira semana de abril e não vai adiantar nada essas atitudes”, disse o deputado, afimando de que há um padrão matemático que mostra isso. “A queda vai começar na terceira semana de abril e em junho não haverá mais epidemia. ” O deputado disse que podem cobrar dele e afirmou ainda que já a partir da semana que vêm o vírus já vai começar a cair na Itália.

“O que eu quero dizer é o seguinte, vamos cuidar dos idosos, vamos garantir atendimento médico para todo mundo que precisar, vamos nos proteger, mas não pode parar, as lojas têm que continuar vendendo, as pessoas têm que comprar se quiserem e se precisarem”, afirmou o parlamentar ao dizer que as pessoas têm que tomar os cuidados básicos. “Não altera um doente a mais fechar ou não fechar, mas se fechar, vai ocorrer a maior recessão da nossa história”, o deputado disse que está sendo acusado de se preocupar com a economia e não com o ser humano, mas que a afirmação é ridícula, já que a sua vida foi pautada na saúde, mas que com uma recessão o estado não arrecada e daí ele pergunta de onde sairá para o SUS cuidar dos doentes?

O deputado também criticou o fechamento das escolas. “Vai morrer mais gente fechando as escolas, do que se não fechar a escola, porque os estudantes não vão ficar em casa fechados no quarto olhando pro teto. Eles vão sair para rua, para se encontrar em casas, nas ruas, nas praças”.  Ele afirma que com isso os estudantes vão ser contaminados e como os pais estão trabalhando, eles vão ser cuidados pelos avós que serão contaminados o que aumenta a incidência da doença entre aqueles com maior risco de morte.

“Não tem nenhum estudo cientifico, nem nada do tipo que justifique essa paralisação e esse fechamento, o que tem é uma competição para saber qual gestor toma as medidas mais radicais”, criticou o deputado.

“Essas medidas são um absurdo, não diminuí um doente, é só para o gestor dizer que está fazendo alguma coisa. ”  O deputado disse que não pode para o país e que o governador do estado está fazendo algo não tem nexo, nem base cientifica.  

“Essa epidemia se resolve em 12 ou 13 semanas, mas a recessão vai durar cinco, dez anos, com desemprego e aí as pessoas vão morrer. Precisamos pensar no futuro”, disse o deputado.

 

FONTE: Tribuna Popular / Clic Portela

Postado: Clécio Marcos Bender Ruver
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