Notícia

Agricultura - 22/02/2017 - Grito de Alerta espera a participação de 10 mil pessoas nesta quinta-feira em Santa Rosa


Entenda os motivos da manifestação

A organização da edição deste ano do Grito de Alerta espera a participação de 10 mil pessoas. O ato vai acontecer nesta quinta-feira, dia 23, em Santa Rosa, por iniciativa da Federação dos Trabalhadores na Agricultura. 

 

O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Crissiumal disponibiliza ônibus, com passagem gratuita, para transporte dos interessados. 

 

Algumas prefeituras da Região Celeiro, inclusive a de Crissiumal, não terão expediente em virtude do evento. Diversas lideranças de Crissiumal deverão se fazer presentes no ato.

 

O evento acontece na Praça da Independência, no centro da cidade, entre as 9h30min e as 15h00min, sendo organizado pelas 05 regionais sindicais de Santa Rosa, Missões I e II, Três Passos e Ijui, envolvendo 65 sindicatos em 77 municípios com apoio da Fetag – Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul.

 

O Grito de Alerta tem o lema: ACORDA TRABALHADOR: O Governo quer tirar seus direitos: – Privilégios – Sonegação – Corrupção, estão acabando com a Nação.

 

 

SINDICATOS SÃO CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA RURAL, PORQUE:

• A Previdência Rural não é deficitária. Ela está vinculada ao Sistema de Seguridade Social (artigos 194 e 195 da CF) que é financiado por diversas fontes de contribuição, inclusive sobre a venda da produção rural, que dão sustentabilidade a todo o sistema e garante o pagamento dos benefícios.

• A Previdência Rural reflete a dinâmica produtiva da agricultura familiar e produz melhorias na qualidade de vida de milhares famílias no campo. Além de garantir a subsistência das famílias, as aposentadorias rurais são utilizadas para investimentos na propriedade e contribuem de forma decisiva para a permanência das famílias no campo e para a produção de alimentos que chegam diariamente à mesa dos brasileiros(as). A Previdência Rural também cumpre o papel de seguro agrícola em situações de emergência e de calamidade no campo.

• A Previdência Rural é uma importante política de distribuição de renda e de fortalecimento da comércio/economia local de mais de 70% dos municípios brasileiros. Mais de 2/3 do valor total dos benefícios rurais são destinados a municípios com até 50 mil habitantes, o que corresponde a um volume de recursos na ordem de R$ 5,6 bilhões de reais/mês que são injetados mensalmente na economia desses pequenos municípios (dados de janeiro de 2016).

• O trabalho rural é penoso e, atualmente, mais de 70% de homens e mulheres rurais já trabalham mais de 41 anos para ter acesso a uma aposentadoria no valor de um salário mínimo. O aumento na idade de aposentadoria irá exigir desses trabalhadores(as) maior tempo de labor rural, em atividade penosa, o que lhes retira o direito a uma aposentadoria digna. É importante destacar que o trabalho penoso reduz a capacidade de trabalho precocemente e a expectativa de vida.

• A expectativa de vida dos trabalhadores e trabalhadoras rurais não é igual a dos(as) urbanos(as). Dados estatísticos da Previdência Social apontam que os trabalhadores rurais aposentados e aposentadas por idade vivem menos que os aposentados urbanos, especialmente as mulheres aposentadas rurais que estão vivendo, em média, cinco anos a menos que as mulheres aposentadas urbanas (IPEA, 2016).

• Os agricultores(as) familiares contribuem para a Previdência Social mediante uma alíquota incidente sobre a venda da produção rural. Manter essa regra é necessário, pois se for exigido contribuição individual de cada membro da família para acesso aos benefícios previdenciários, muitos agricultores(as) serão excluídos desse sistema protetivo já que a maioria não consegue ter renda mensal devido a sazonalidade da produção rural e às condições climáticas que nem sempre permitem ao agricultor(a) obter renda proveniente da produção.

 

Postado: Leila Ruver
Vídeos