Época é de acasalamento das cigarras
Os internautas do Guia Crissiumal Suele Pothin e Vinicius Reinheimer enviaram ao Guia Crissiumal nesta terça-feira (21) fotos em sequência de uma bonita curiosidade da natureza, uma cigarra deixando a sua casca.
Suele contou ao Guia Crissiumal, que Vinicius foi levar o lixo na rua, o sacal reside na Rua Tupi, quando se deparou com a cigarra, tendo o casal acompanhado a troca de roupa do inseto.
Quando eles foram olhar novamente pela manhã ela havia deixado a árvore.
Abaixo a sequência de fotos:
O que significa isso ? A muda ou ecdise é o processo pelo qual os artrópodes trocam o esqueleto externo, que não cresce com eles.
o exoesqueleto duro é responsável pela proteção interna dos insetos. Mas, se por um lado o exoesqueleto protege o animal, ele também limita o crescimento. O inseto cresce, a "carapaça", porém, fica igual. O inseto começa a se sentir preso na carapaça e seu próprio corpo, inchado, acaba rompendo o exoesqueleto. Durante a época da muda, o animal torna-se particularmente vulnerável ao ataque dos predadores, por dois motivos:
1) A carapaça mole não representa barreira mecânica eficaz,
2) Os músculos perdem a sua inserção resistente, e o animal move-se lentamente e por curtas distâncias. No caso particular dos artrópodos terrestres, há uma agravante: a carapaça recém-formada não é tão eficaz para dificultar a evaporação, e os animais estão sujeitos à desidratação.
Outras curiosidades da cigarra:
O mês de outubro e o início de novembro é o tempo de acasalamento das cigarras. Quanto mais agudo e marcante for o canto do macho, mais chances ele tem de impressionar alguma fêmea e atraí-la. O ruído emitido pelo som das cigarras pode chegar a até 120 decibéis – mais alto, por exemplo, do que o som emitido por uma viatura da polícia. É tão irritante que a própria cigarra tem um mecanismo para proteger os seus ouvidos do som que emite.
Peloso explica que nesta época do ano a cigarra está por todo lado. Na região do Sul de Minas o inseto é considerado uma praga por atacar as plantações de café. Em lavouras infestadas por cigarras, o pé de café vai perdendo o viço, secando aos poucos até a morte da planta. As cigarras só cantam na fase final do seu ciclo de vida.
Longe das cidades, depois de mortas e caídas no chão, as cigarras viram petiscos disputados por tatus, gambás e peixes, que costumam ficar na espreita das árvores curvadas sobre os rios onde cantam as cigarras. O próprio canto é interpretado como um sinal de comida à vista e os peixes esperam pacientemente pelo momento em que elas vão “estourar” de tanto cantar e despencar lá de cima para virar refeição.
Postado: Clécio Marcos Bender Ruver
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