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Vera Academia - 20/07/2018 - Coluna Vera Academia do dia 20.07.2018


É hora de malhar o assoalho pélvico

Corpo também tem chão! Como uma espécie de rede de sustentação, o assoalho pélvico é formado por músculos, tecidos conjuntivos e ligamentos que saem da região do púbis e vão até o cóccix, prendendo-se lateralmente aos ossos da bacia. Ficam acima dele órgãos como bexiga, intestino, além do útero, trompas e próstata. Também faz parte desse conjunto os esfíncteres, estruturas que relaxam e contraem para permitir ou impedir a passagem de xixi, cocô e gases. E não para por aí: o assoalho pélvico tem participação na atividade sexual, diretamente relacionado ao orgasmo vagina ou à ereção masculina. 

Já deu para perceber que, embora não tenhamos percepção disso, nós usamos essa malha o tempo todo e, portanto, precisamos cuidar muito bem dela. Até porque, com o avanço dos anos, o tônus muscular vai se alterando e a região, assim como outros músculos do corpo, tende a perder o vigor. O enfraquecimento, ou uma lesão no assoalho pélvico, é capaz de gerar complicações como constipação e incontinência fecal. E a decadência dessa musculatura pode ter relação direta ainda com problemas do trato urinário, como escapes de xixi e bexiga hiperativa.

Felizmente, é possível minimizar ou mesmo prevenir essa lista de problemas. Como? Fortalecendo o assoalho pélvico. Antes de mais nada, porém, é necessário exercitar a consciência corporal, para ter uma noção mais precisa de sua localização: trata-se dos músculos que circundam ânus, pênis e vagina. Ou seja, contrair o assoalho pélvico não significa mexer bumbum, coxa ou barriga. Fazer a contração no momento do banho e pressionar levemente com as mãos para ver se consegue sentir a região pélvica, pode ser uma boa estratégia. 

As mulheres são ainda mais suscetíveis à fragilidade nessa rede. Para começar, nelas, a estrutura é atravessada por uretra, vagina e ânus, enquanto nos homens são apenas dois canais, uretra e ânus. Sem contar as repercussões de uma gestação, quando entram em cena o peso do bebê, alterações anatômicas do corpo e a influência de hormônios, como a relaxina, que deixa os músculos pélvicos amolecidos para o parto. Por isso é tão importante exercitar a musculatura, principalmente depois do primeiro trimestre de gravidez, com maior intensidade da 28ª semana. E o assoalho pélvico deve continuar sendo trabalhado no pós-parto, período em que a vagina fica mais seca e dolorida. Com o fortalecimento, a mulher vai sentir grande diferença na recuperação. A supervisão de um especialista é essencial para alcançar bons resultados. 

Postado: Leila Ruver
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