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Vera Academia - 18/08/2017 - Coluna Vera Academia dia 18082017


Idade da boa forma

A preocupação de quem já passou dos 60 anos não se limita às rugas de expressão. O avanço da idade vem acompanhado de um risco maior de quedas e doenças cardiovasculares. Para prevenir esses males, o primeiro passo é submeter-se periodicamente a avaliações médicas. O segundo, tão importante quanto o primeiro, é manter atividade física regular. Felizmente os brasileiros vêm se conscientizando dessa necessidade, de acordo com dados de pesquisas recentes. Os exercícios melhoram quatro pontos-chave para um bom envelhecimento: força, equilíbrio, flexibilidade e condicionamento cardiovascular. Mesclar atividades que trabalhem esses aspectos é um grande passo para envelhecer com autonomia. Mas quais atividades podem - e devem - ser praticadas de forma segura, e desenvolvam os quatro pontos-chaves citados acima?

Musculação: exercícios com carga protegem as articulações e ajudam a prevenir a osteoporose, além disso, quanto mais massa muscular, maior o gasto calórico. Porém é necessário, juntamente com a musculação, fazer um treinamento aeróbio em esteira ou bicicleta para desenvolver a potência cardiorrespiratória.

Caminhada e bicicleta: contribuem de modo geral para o vigor físico exigido por tarefas cotidianas como subir escadas. Porém a força não é muito desenvolvida nessas atividades, sendo necessário um treinamento de força ser realizado paralelamente. 

Hidroginástica: estar submerso até a altura do tórax reduz até 70% do peso corporal, o que diminui o desgaste das articulações. Essa atividade melhora a flexibilidade e o condicionamento cardiovascular, porém, para melhorar a força é interessante usar acessórios como luvas e halteres durante as aulas. Mas atenção, quem tem osteopenia ou osteoporose não pode abrir mão de atividades com carga ou impacto. Elas sim ajudarão a repor cálcio de modo eficaz.

Pilates: além de aumentarem a resistência muscular, os exercícios utilizam o peso do próprio corpo para fortalecê-lo. Melhoram muito a flexibilidade, porém a capacidade cardiorrespiratória aumenta com bem menos intensidade.

Dança de salão: reposiciona o centro de equilíbrio do corpo, que, com o passar dos anos, tende a se curvar para frente. Por se tratar de uma atividade lúdica e, portanto, prazerosa, a dança faz com que os idosos permaneçam por mais tempo no ritmo ideal. A atividade pode ainda ajudar no tratamento da depressão e da obesidade. Desenvolve muito o condicionamento físico, porém é necessário fazer um trabalho paralelo de força. 

Malhação ao ar livre: Em pesquisas recentes constataram-se bons resultados entre os praticantes de atividades ao ar livre, com relação à redução da hipertensão, dos níveis de glicose e de obesidade, nas conhecidas academias em praças da cidade. Porém existem vantagens e desvantagens para quem pratica esse tipo de atividade física. Uma vantagem é a de que expor-se ao sol diariamente por um período de dez a quinze minutos é o suficiente para suprir a deficiência de vitamina D e aumentar a absorção de cálcio. A principal desvantagem de quem freqüenta essas academias ao ar livre é a falta de acompanhamento profissional, pois o uso incorreto desses equipamentos tem seus riscos, que vão de lesões musculares à ruptura de tendões.

Memória afiada: com o avanço dos anos, perde-se naturalmente a capacidade de lembrar informações. A boa notícia é que os exercícios para o corpo e mente são capazes de prevenir ou ao menos retardar esse declínio cognitivo. Isso porque os exercícios físicos descritos acima aumentam a oxigenação cerebral e ajudam a prevenir males como o diabetes e a hipertensão As atividades intelectuais como ler, aprender a tocar um instrumento musical e praticar jogos como os de memória e palavras cruzadas, aumentam o número de sinapses cerebrais, melhorando a capacidade de reter informações.

Postado: Leila Ruver
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