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Texto de Opinião - 17/02/2018 - Aprendizagem e Alfabetização de crianças com Deficiência Intelectual


Por: Bernadete Boelhouwer Simionato, professora da Rede Municipal de Ensino

Historicamente a Deficiência Intelectual vinha sendo considerada uma condição de saúde que impedia a participação social e escolar da pessoa.

Atualmente com a política pública de inclusão no ensino regular, tem se mudado essa visão que exclui e subestima as potencialidades dos alunos com deficiência intelectual.

Segundo Raiça e Machado (2006) argumentam que a educação da pessoa com deficiência tem sido um desafio para os educadores, provocados a reverem suas práticas homogeinizadoras e, por isso, excludentes.

Praticas escolares tradicionais não dão conta de atender alunos com deficiência intelectual, da mesma forma não são adequadas as diferentes maneiras de os alunos sem deficiência entenderem os conteúdos de acordo com suas capacidades.

O trabalho do professor precisa priorizar o desenvolvimento intelectual, a autonomia dos alunos com deficiência intelectual evitando atividades monótonas e sim dando ênfase as atividades significativas do cotidiano do aluno, estas beneficiam a todos.

Nesse processo é importante que a escola faça parcerias com as famílias, para que ambas busquem soluções para as dificuldades encontradas. É importante também que a escola busque parcerias com profissionais da saúde que poderão oferecer serviços complementares na área da fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia entre outras.

A pessoa com deficiência intelectual é capaz de aprender, assim não deverá der considerado somente o laudo da deficiência intelectual como fator predominante da não aprendizagem, mas verificar se as condições para tal são favoráveis, se o aluno está sendo inserido nas atividades pedagógicas e no planejamento diário do professor.

Raiça e Machado (2006) mencionam que o desejo de ensinar do professor e as estratégias utilizadas fazem uma diferença significativa na aprendizagem da criança, ou, às vezes, é pouco percebida em curto prazo, mas certamente é fundamental ao longo da vida da pessoa com deficiência. Uma dica é o professor ter material didático projetado para proporcionar a participação autônoma do aluno com deficiência no seu percurso escolar.

As crianças com deficiência intelectual podem se alfabetizar assim como as demais da mesma idade, consideradas as particularidades e contemplação das mesmas nas práticas pedagógicas planejadas para a turma em que estiver inserida.

Por: Bernadete Boelhouwer Simionato, professora da Rede Municipal de Ensino, Graduada em Pedagogia e Pós Graduada em Supervisão e Orientação Escolar

Postado: Clécio Marcos Bender Ruver
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