Notícia

Texto de Opinião - 17/02/2017 - A oralidade, a leitura e a escrita no Ciclo de Alfabetização


Por Adriane Lucia Lippert Caneppele Pós Graduada em Supervisão Escolar

A Alfabetização é um processo em que as crianças aprendem não somente a ler e a escrever, mas também a falar e a escutar em diferentes contextos sociais, a fala, a leitura e a escrita, representam meios de apropriação de conhecimentos relevantes para a vida.

 

Os estudos contemporâneos sobre o letramento consideram que a oralidade e a escrita integram um contínuo de modalidades, que se inter relacionam e se influenciam mutuamente nas práticas de linguagem. As modalidades orais e escritas da língua interagem e se influenciam mutuamente. A escola é responsável pelo ensino da leitura e da escrita, a diferença entre uma e outra podem ser observadas nas atividades de formulação textual. Na alfabetização é muito produtivo mobilizar situações orais como ponto de partida para compreender o funcionamento lingüístico e discursivo, trabalhar com diferentes metodologias e explorar as mais diferentes opções e alternativas da linguagem é de extrema importância.

 

Ao ingressarem no Ensino Fundamental, as crianças trazem experiências e conhecimentos prévios de vivências diferenciadas com a linguagem oral e escrita, o que implica um domínio maior ou menor de operações cognitivas mais abstratas ou dotadas de simulação. No letramento a criança é chamada a simular papéis sociais que não lhe são convencionais, como o de repórter, por exemplo, ou de jornalista, de tal forma passa a ser chamada a agir como protagonista dentro do contexto escolar, consumindo e produzindo textos diversos, de forma significativa. 

 

Várias são as possibilidades para se ler em voz alta na sala de aula, ler para constituir um repertório comum, ler para comentar o que foi lido, ler para aprender a negociar significados, ler para socializar textos que gostamos. É preciso agregar mais finalidade, a escola precisa se libertar de sua vocação doutrinária. Ler não pode ser simplesmente decodificar é preciso mediação da professora para o desenvolvimento das habilidades de leitura. A escola tem um papel importante a desempenhar se quer formar uma sociedade leitora. Para isso é preciso redesenhar as prioridades quando se ensina a ler. A escola proporcionar Feiras do Livro envolvendo e convidando as famílias a participar e a descobrir as delícias da leitura compartilhada. Contato da criança com o escritor do livro que leu, é excelente, incentiva ainda mais a leitura e aguça a curiosidade em relação aos livros e ao escritor e estas com certeza deixarão muitas marcas para seus alunos e famílias. Ensinar a aprender a ler, desse modo reveste-se de sentidos que se ampliam e ganham vida para além da escola.

 

Desenvolver projetos por meio a literaturas, aproveitando o assunto que gerou curiosidade na criança, isso irá impulsionar o trabalho do professor que poderá explorar uma infinidade de atividades envolvendo a escrita e a leitura de diferentes gêneros discursivos, assim como texto escrito. 

 

Dessa forma, conclui-se que a leitura precisa ser vivenciada de forma intensa, ou seja, dar espaço para a criação, para a livre expressão e as diferentes práticas da sala de aula de ensinar a leitura, articuladas a outros componentes curriculares e a vida das crianças de modo significativo, e ainda de forma prazerosa em situações que as crianças são tratadas como sujeitos capazes de pensar, de dizer, de participar, de aprender e se divertir enquanto aprende e os professores como profissionais que assumem sua função de mediador de aprendizagens explorando as potencialidades das crianças será essencial e decisivo para o sucesso nas aprendizagens. 

 

Adriane Lucia Lippert Caneppele

Pós Graduada em Supervisão Escolar.

Postado: Leila Ruver
Vídeos