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Texto de Opinião - 17/01/2017 - Morrer Santo-Por Padre Renato José Rohr


Leia na íntegra

A fruta é colhida quando está madura. O final da vida humana deve culminar na santidade. É bom falar bem das pessoas. É gratificante quando só se tem a falar de bem dos que já partiram.

 

Sendo criaturas estamos sujeitos a erros. Não podemos esquecer que a vida é um tempo de purificação, ou seja, o tempo de conversão uma vez que pelo fato de nascer, com a natureza, herdamos o pecado. Pelo batismo fomos resgatados do pecado, mas, Mesmo perdoados continuamos com as consequências do pecado; a morte, as tentações e com elas a inclinação ao pecado. Pela graça de Deus, adquirida por Jesus Cristo, temos a condição de nos santificar e, por isso, nos salvar.

 

Todo ser humano tem limitações, mas, também tem à sua disposição a graça divina de se salvar. A vida toda é uma luta entre o bem e o mal. Sendo criaturas não somos perfeitos, mas, para cada um, a vida é o tempo hábil para se converter e se salvar. Não sabemos o tempo da vida, ou a sua duração, por isso, não podemos perder tempo. É o próprio Cristo quem nos convida para estarmos sempre preparados, pois não sabemos nem o dia nem a hora em que esta vida cessa. Com a consciência de sermos limitados e pecadores não podemos nos deixar levar pelos convites do mundo sabendo que Deus não nos quer perder, por isso, enviou o seu próprio filho para nos resgatar. 

 

Até mesmo a bíblia nos mostra tantos exemplos de pessoas que não viviam tão bem a sua vida, mas se converteram e se salvaram sendo para todos nós exemplos de conversão. Cito apenas alguns exemplos; São Pedro que chegou a negar que conhecia Jesus Cristo tornou-se o escolhido de Cristo. São Paulo perseguidor do próprio Cristo na pessoa dos cristãos se torna o grande apóstolo das nações São Mateus explorador dos pobres na cobrança dos impostos se torna apóstolo de Jesus Cristo. Zaqueu que nem quis ser visto por Jesus depois O acolhe na sua casa. Também temos exemplos mais próximos de nós como Santo Agostinho, Santo Inácio,

 

O grande risco para todos nós é saber que a vida é limitada, mas, seja quando for o fim estejamos preparados. Seja quando for o fim devemos estar preparados, então não podemos perder tempo, é preciso estar preparado. Conforme os exemplos acima também nós temos fraquezas, se durante a vida temos limitações ou até erros, pois somos pecadores, importa que estejamos preparados para quando esta vida cessar. Em outras palavras; sabendo das nossas limitações e com a consciência de sermos pecadores, mas, ao chegarmos à morte temos que estar preparados. Só poderemos ser santos, após a morte, se em vida já formos santos. Amigos e amigas! Não podemos perder tempo. O tempo da graça é agora. Infelizmente somos pecadores, mesmo que alguém seja pecador durante a vida, mas, é preciso ser santificado para morrer. “Pode-se ouvir falar de alguém; “ele não foi santo durante a vida passada”, mas, é tão bom ouvir dizer; “morreu santo”. Oxalá os outros possam falar de cada um de nós, após a nossa morte, que morremos como santos. A santificação é a grande conquista da vida.

 

Ariquemes, 18/01/17 Pe. Renato José Rohr scj.

Postado: Clécio Marcos Bender Ruver
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