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Trânsito - 17/01/2017 - Caminhoneiros protestam no interior do Rio Grande do Sul


Trabalhadores exigem preço mínimo do frete e repudiam aumento do combustível

Quatro trechos das rodovias federais BRs 285, 158 e 392, no Rio Grande do Sul, tiveram movimentação intensa nesta terça-feira, devido a protestos realizados por caminhoneiros. Os trabalhadores estão mobilizados contra a queda no preço pago pelos contratantes do serviço, que, segundo eles, seria de cerca de 30% em relação ao ano passado. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os caminhoneiros protestam nos seguintes trechos: km 461 da BR 285, em Ijuí, km 193 e 265,8, da BR 158, nos municípios de Cruz Alta e Júlio de Castilhos, respectivamente; e no km 66 da BR 392, em Pelotas.

 

De acordo com o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga (Sinditac) de Ijuí, Carlos Alberto Dahmer, o objetivo dos trabalhadores é se juntar às mobilizações iniciadas pelos caminhoneiros em Mato Grosso, na última sexta-feira, dia 13. “Exigimos uma tabela com valor mínimo do frete. O preço que estão pagando está defasado. Também queremos sensibilizar o governo para que o aumento do combustível (especificamente o preço do óleo diesel) não aconteça”, explicou Dahmer.

 

Segundo a PRF, cerca de 150 caminhões ficaram aglomerados em postos de combustível às margens da BR 285, no trevo de entroncamento com a RS 342, em Ijuí, no Noroeste do Estado. “Não pretendemos fechar a estrada. Por enquanto há espaço nos postos”, destacou Dahmer.

 

O presidente do sindicato ressalta que, com a interrupção da rodovia, caminhões graneleiros poderiam ser afetados e os trabalhadores poderiam ser multados pela PRF. Sobre as mobilizações dos caminhoneiros que se espalham no País, o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Estado do Rio Grande do Sul (Setcergs), Afrânio Rogério Kieling, diz que a entidade não apoia as paralisações, mas entende as reivindicações dos trabalhadores. “Concordamos que os preços (dos fretes) estão muito baixos e que é muito difícil mesmo trabalhar desta forma. Também entendemos que a reivindicação contra o valor do diesel é justa”, disse Kieling.

 

Fonte: Correio do Povo / Foto: PRF

Postado: Clécio Marcos Bender Ruver
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