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Vera Academia - 14/07/2017 - Coluna Vera Academia dia 14072017


O elo entre incontinência e inatividade

O ELO ENTRE INCONTINÊNCIA E INATIVIDADE

A incontinência urinária é muito mais comum do que parece. São mais de 10 milhões de brasileiros de todas as idades e ambos os gêneros, com predominância maior entre as mulheres. No entanto, muitas delas estão sofrendo em silêncio. Além da dificuldade de falar no assunto, são poucas as que sabem que há tratamentos e soluções que podem ajudá-las a não alterar seu comportamento e sua essência por causa da condição.

A incontinência urinária é a perda involuntária da urina. De repente, quando menos se espera, uma ou mais gotinhas de xixi escapam e molham a roupa íntima, causando desconforto e constrangimento.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a incontinência urinária atinge cerca de 5% da população brasileira, o equivalente a mais de 10 milhões de pessoas. É gente de ambos os sexos e de todas as idades, ainda que o problema se torne mais frequente após os 50 anos.

O número de incontinentes, porém, pode ser ainda maior do que sugerem as estatísticas oficiais. A própria SBU avalia que, muito provavelmente, estes dados não representam a totalidade de casos. A maioria das pessoas não fala sobre o assunto, nem mesmo procura assistência médica, o que significa que pode haver muito mais gente lidando com a incontinência urinária em silêncio.

Felizmente, o cenário de pouca informação está mudando. A ciência médica, aliada à tecnologia, tem se debruçado na busca por soluções e produtos adequados para resolver ou amenizar o dia a dia com incontinência urinária. É hora de romper o silêncio, compartilhar aflições, buscar informações e apoio médico.

Uma das causas da incontinência urinária pode ser o esforço, ou seja, a urina escapa na hora de espirrar, tossir, levantar peso, até correr. Nesse caso, é possível haver alguma lesão prévia da válvula (o esfíncter) que controla a saída do xixi: é sempre importante consultar a opinião de um médico.

O xixi fora de hora  favorece o sedentarismo, e vice-versa, como comprova uma pesquisa realizada na Finlândia, onde um time Universitário cruzou informações sobre práticas esportivas e a presença de incontinência urinária em 647 mulheres. Resultado: 43% das participantes que se mexiam menos de 150 minutos por semana (o recomendado pela Organização Mundial da Saúde), reportaram escapes involuntários, ante 32% das ativas. Essa é uma condição que deixa a pessoa envergonhada. Por outro lado, doses de suor rechaçam a obesidade, um fator importante de risco para a incontinência. Sem contar que os treinos fortificam a musculatura do assoalho pélvico, responsável por fechar as comportas da uretra. Mas eles precisam ser bem orientados para recrutar esses músculos direta ou indiretamente.

As modalidades que ajudam a conter a urina são ioga e treinamentos funcionais. Esses tipos de exercícios promovem o conhecimento do próprio corpo e, em tese, fortalecem as profundezas do abdômen. Só que isso depende dos gestos feitos e do instrutor. 

Por outro lado, esportes de alto impacto como o vôlei, o basquete e mesmo a corrida, contribuem para os pequenos escapes e, se executados sem bom senso, até originam a incontinência.

Postado: Leila Ruver
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