Por Adriane Lucia Lippert Caneppele Pós Graduada em Supervisão Escolar
Sou coordenadora pedagógica e acompanhei o trabalho das professoras alfabetizadoras, as vejo muito preocupadas e comprometidas com o trabalho de encantar para alfabetizar. Pois sabemos que a criança está inserida em um meio de aprendizagens, aprende em todos os locais e tempos as quais está inserida. Existem várias realidades e vários contextos, e o professor precisa respeitar e considerar cada um delas. Também não pode esquecer que a criança chega à escola com uma bagagem de conhecimentos e experiências e estas precisam fazer parte, ou ponte de ligação para dar continuidade ao processo dali para frente.
Outro aspecto muito importante é que o aluno precisa ser cooparticipante da aprendizagem, o diálogo precisa ser estabelecido e é fundamental para a aprendizagem. É preciso reconhecer e considerar as crianças como sujeitas de direitos de aprendizagens em cotidianos escolares, é primordial permitir-lhes participação nos rumos de seu processo educativo, assegurando-lhes lugar de protagonistas e de autoras durante esse processo, deixando assim de ser objetos de situações de “ensinoaprendizagem” para se tornarem sujeitos participantes do processo, pois elas se revelam por meio ao diálogo suas formas de aprender, suas dificuldades, tensões e expectativas em relação a aprendizagem. E isto requer repensar as formas de organização do trabalho pedagógico, o qual é muito importante na alfabetização é preciso pensar a sala de aula, a escola como um espaço dialógico. O trabalho de ensinoaprendizagem ser permeado pelo diálogo com as crianças, para conhecer suas vidas, seus modos de pensar, os desafios que enfrentam e como lidam com eles. A sala de aula precisa ser rica em diversidade material concreto e visual, tudo precisa estar exposto na altura das crianças, como por exemplo, os 4(quatro) tipos de letras para que possam tocá-las. O tema, objetivos gerais e específicos a serem trabalhados e o desenvolvimento metodológico e avaliação devem incorporar as efetivas necessidades de aprendizagem das crianças. Caso contrário corremos o risco de desenvolver atividades mecânicas e meramente rotineiras, que produzem um apagamento das crianças e de suas capacidades concretas de aprendizagem.
O professor precisa criar espaços que envolvam o contato direto com a literatura, acesso as obras, criação de ambientes propícios a leitura presença de mediadores de leitura, isto tudo deve ser imprescindível no trabalho de formação literária na escola. Independente de quais opções o professor irá escolher para dispor o acervo e mediar à leitura na sala de aula, o importante é que as obras ganhem visibilidade de modo que as crianças passem a desejá-los e a apreciá-los cada vez mais no seu cotidiano escolar.
Também considero os jogos como um excelente recurso didático para ser usado nas práticas pedagógicas, podendo o professor organizar momentos específicos na rotina para estes momentos.
O recurso das mídias na sala de aula ainda é pouco usado nas turmas de alfabetização, vejo que é um recurso a ser explorado e muito interessante, é possível acessar os sites gratuitos que possuem uma infinidade de opção de jogos, inclusive com níveis diferentes de dificuldade o que pode ser proposto aos alunos conforme o nível de cada um. Isto é algo que ainda precisamos aprender a usar como recurso, pois os jogos virtuais possuem grande caráter lúdico, a alfabetização muito mais por meio a jogos, com regras ou não, faz a criança pensar, raciocinar isto é, desafiá-la a aprender, isto é maravilhoso. Esta forma de aprender agrada, motiva ao aluno e enobrece o trabalho do professor.
Contudo, concluo que nos dias atuais o processo de ensino e aprendizagem exige cada vez mais do professor não somente a dedicação, mas conhecimento técnico e estratégias de uso e recursos didáticos e pedagógicos variados para enriquecer o fazer da sala de aula.
Adriane Lucia Lippert Caneppele
Pós Graduada em Supervisão Escolar.
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