Notícia

Geral - 10/05/2012 - Justiça bloqueia bens de investigados pela fraude do Hospital de Caridade


Atendendo a pedido do Ministério Público

 

Na noite da última quarta-feira o juíz plantonista da comarca de Três Passos Sr. Fernando Vieira dos Santos, atendendo a pedido do Ministério Público representado pela promotora Aline Stefanello Segnor, proferiu decisão cautelar bloqueando bens imóveis, veículos e inclusive contas bancárias dos senhores Armindo Leonhardt e Amarildo  Dal'Ago, os quais são investigados por irregularidades praticadas na gestão do Hospital de Caridade de Três Passos.

 

Em entrevista concedida ao Sistema Alto Uruguai ontem, quarta-feira dia 9, Aline Stefanello Segnor, disse que a cada dia surgem mais elementos, o que impede neste momento a confirmação de quantas pessoas estão realmente envolvidas e principalmente qual o montante de recursos que teria sido desviado. 

 

Ela admitiu que num primeiro instante, tão logo recebeu as primeiras denúncias feitas por funcionários da casa de saúde, não imaginava que o caso era tão grave. Os indícios apontavam inicialmente para uma má gestão administrativa, porém, os documentos apresentados por servidores da instituição e depoimentos colhidos após a instauração do processo investigativo comprovaram que há realmente um significativo desvio de recursos. "Nos não tivemos dúvida desde o primeiro contato de que a irregularidade estava demostrada", disse a promotora. 

 

A promotora informou que o administrador do hospital Jeferson Oliveira, antes de ser afastado do cargo, reconheceu em depoimento a existência de um esquema que desviava receitas do hospital tendo como principais beneficiados o presidente Armindo Leonhardt e o ex-administrador Amarildo Dall Ago. Aline disso que os dois ainda não foram ouvidos pelo Ministério Público. Leonhardt não foi localizado desde que renunciou o cargo e Dall Ago não chegou a ser procurado. Conforme Aline Segnor, ambos deverão prestar explicações direto em juízo. De acordo com a agente do Poder Judiciário, serão formuladas duas ações: uma em relação ao aspecto criminal e a outra civil, responsabilizando os acusados por atos de improbidade administrativa, isto por que a maioria dos recursos administrados pelo hospital tinha como origem repasses públicos feitos pela União, Estado e Municípios da região.

 

Aline revelou que o Ministério Público está trabalhando de forma ininterrupta no caso e já apurou que as fraudes eram praticadas há pelo menos cinco anos. Ela acredita que a intervenção feita pelo Município de Três Passos, que através de decreto municipal destituiu a diretoria atual e nomeou uma comissão provisória para comandar o HC, é positiva pois “franqueará o acesso aos documentos bem como possibilitará que os funcionários contribuam na elucidação de todos os fatos”.

 

 

Rafael Gomes / Paulo Farias 92,5fm

 

 

 

Postado: Leila Ruver
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