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Texto de Opinião - 09/06/2017 - Gravidez na Adolescência


Cheila Plack Spohr

Segundo dados divulgados no ano de 2016, 22% dos nascimentos no RS são de bebês filhos de mães adolescentes entre 12 e 19 anos. A taxa é maior que a nacional que é de 20%. É a taxa mais alta do país e onde a maioria dos pais abandona as namoradas.

Esta realidade é assustadora. Os adolescentes têm as informações que quiserem a partir de um clic. Na escola há um diálogo aberto, inclusive debatendo-se bastante o tema com os jovens. Então o que realmente está acontecendo?!

O leque de métodos contraceptivos vem aumentando a cada ano. Os médicos inclusive têm indicado métodos mais duradouros e que dependam menos das adolescentes, como por exemplo, o DIU (Dispositivo Intra Uterino) que tem validade de até dez anos e está disponível na rede pública de saúde.

Este é um problema de saúde pública que afeta a sociedade como um todo, pois além destes adolescentes não estarem preparados para serem pais, acabam desestruturando as suas famílias e o seu próprio futuro. E o mais grave é que este ciclo tende a se repetir. Filhas de mães adolescentes, especialmente aquelas com menos anos de estudo, tendem a engravidar precocemente. 

Boa parte das adolescentes ainda possui aquele pensamento mágico: “não vai dar nada”, e mentem que usavam camisinha e ela acabou estourando.

O papel da família e da escola é fundamental, juntos precisamos mostrar o melhor caminho, dialogar, ter paciência e principalmente ouvir os adolescentes e ajudá-los nesta fase tão confusa e ao mesmo tempo tão maravilhosa, pela qual nós adultos já passamos. Prevenir ainda continua sendo fundamental.

Cheila Plack Spohr
Professora de Ciências das redes estadual e municipal de ensino.
Postado: Clécio Marcos Bender Ruver
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