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Vera Academia - 08/12/2017 - Coluna Vera Academia dia 08122017


Na 3ª idade dançar aprimora o equilíbrio e ajuda a afiar a cuca

Com a chegada da terceira idade, corpo e mente passam por grandes mudanças, dando origem a algumas limitações físicas. Não é fácil adaptar-se ao novo estilo de vida, por isso algumas práticas auxiliam nesse processo, tornando a vida mais agradável. A dança tem assumido um papel importante na vida dos idosos, ganhando muitos adeptos e melhorando sensivelmente a sua qualidade de vida.

Aprender, memorizar e se equilibrar: o que essas habilidades têm em comum? Bem, todas estão relacionadas com o hipocampo, área do cérebro que pode ficar comprometida com o avançar da idade. Mas um estudo realizado na Alemanha revelou uma prática especialmente bem-vinda para essa região: a dança. Os pesquisadores compararam a atividade com treinos de resistência e flexibilidade. Aí perceberam que, principalmente em termos de equilíbrio, mexer o corpo ao ritmo da música ou através de coreografias é igualmente vantajoso. Isso porque as mudanças de movimento típicas do bailado ou das aulas coreografadas aprimoram essa função mais do que os exercícios clássicos. Fora que os mais velhos precisam se lembrar das coreografias, o que, de quebra, favorece a memória. Dançar ainda melhora a autoestima e o estado de espírito. As aulas de dança são ótimas, mas, como qualquer atividade física, demandam cuidados. Pode-se esforçar-se e ficar cansado, mas não se deve sentir dor. É preciso respeitar os limites do corpo, sempre.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a terceira idade chega a partir dos 65 anos. Com essa idade, surgem algumas limitações que podem colocar em risco a qualidade de vida do indivíduo. Se não houver adequação de hábitos físicos e alimentares, várias doenças podem surgir nesse período, como: hipertensão, obesidade e osteoporose, entre outras. Já as atividades físicas, principalmente as praticadas em grupos, surgem como um dos principais benefícios à saúde física e mental.

Antigamente, imaginava-se que apenas exercícios como a hidroginástica e a caminhada deveriam ser recomendados aos idosos, por apresentarem impactos físicos limitados e fluxo moderado. Hoje, no entanto, a gama de possibilidades aumentou e a dança cumpre um papel fundamental para o aumento da autoestima dessas pessoas.

Um dos principais diferenciais da dança é o estímulo ao convívio social, algo fundamental para quem chega à terceira idade. Em alguns casos, o idoso pode sentir-se solitário ou abandonado, já que passa mais tempo em casa e não mantém a rotina atribulada de outros tempos. E uma das principais consequências acaba sendo a depressão.

Nesse sentido, a dança surge como um forte estímulo físico e emocional, promovendo a integração de várias pessoas que, afinal, podem ter muito em comum e criar assim novos laços de amizade, gerando um novo ciclo de independência e autonomia na vida dos idosos.

Para não deixar o cérebro pifar, existe outras maneiras de zelar pela cabeça: ficar longe do cigarro, não exagerar no álcool, incluir peixes, azeite, castanhas e frutas na dieta, investir em atividades culturais (clubes de leitura, por exemplo) e não deixar de socializar para ouvir e compartilhar experiências.

Postado: Leila Ruver
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