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Vera Academia - 07/04/2017 - Coluna Vera Academia dia 07042017


O mundo está cansado

Todo dia a história se repete: dorme-se mal, acorda-se quebrado e trabalha-se muito. Será que nunca antes se esteve tão esgotado? A execução de várias tarefas ao mesmo tempo, como comer, ver TV e ainda ficar no celular não deve representar um progresso civilizatório. Trata-se de retrocesso. Um animal preocupado em mastigar a presa deve tomar cuidado para que, ao comer, ele próprio não acabe comido. Nunca a humanidade viveu tanto, tive que ser tão eficiente e feliz, além de precisar acumular tantas coisas, em virtude disso anda-se trabalhando demais e dormindo-se pouco. Uma pesquisa recente dá uma ideia da repercussão desse comportamento: 98% dos brasileiros se dizem cansados e 61% exaustos.

Um filósofo alemão escreveu que, por falta de repouso, nossa civilização caminha para a barbárie. Ele já alertava para a necessidade de às vezes pisar no freio. Para entender melhor os efeitos orgânicos do cansaço, passou-se a dividi-lo em três estágios. O primeiro é o cansaço em si, um estado de indisposição após um esforço físico ou mental. Sentir-se cansado não é razão para pânico. Em geral, o cansaço tende a desaparecer após uma boa noite de sono. Agora, se no dia seguinte acorda-se tão ou mais desprovido de energia possível que se tenha entrado no segundo estágio, a fadiga. É uma sensação de cansaço persistente, que, além de indicar limites físicos ou mentais ultrapassados, não raro também é sintoma de alguma doença. Nessa fase, o sujeito apresenta dificuldade de concentração, irrita-se com facilidade e queixa-se de dores e fraqueza muscular. Na maioria das vezes, o cansaço melhora com repouso e laser. A situação se agrava quando a fadiga torna-se excessiva ou prolongada, ou seja, ela cruzou a linha para o terceiro estágio, a exaustão, que é não ter recursos físicos ou emocionais para sair daquela situação.

As práticas que a ciência indica para vencer e afastar o cansaço são: Praticar exercícios, dormir bem, comer peixe e beber água, respirar ar puro, cochilar à tarde e, por incrível que pareça, arrumar a casa, pois minimizar a bagunça, torna o ambiente mais revitalizante. Claro que no corre-corre do dia a dia não é um desafio dos mais fáceis se livrar desse ritmo apressado e desgastante. Mas vale a pena repensar o jeito de ver e fazer as coisas. Pelo bem da sua saúde e da civilização!

 

Postado: Leila Ruver
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