Dançar faz bem à cabeça
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a terceira idade chega a partir dos 65 anos. Com essa idade, surgem algumas limitações que podem colocar em risco a qualidade de vida do indivíduo. Se não houver adequação de hábitos físicos e alimentares, várias doenças podem surgir nesse período, como: hipertensão, obesidade e osteoporose, entre outras. Já as atividades físicas, principalmente as praticadas em grupos, surgem como um dos principais benefícios à saúde física e mental. Antigamente, imaginava-se que apenas exercícios como a hidroginástica e a caminhada deveriam ser recomendados aos idosos, por apresentarem impactos físicos limitados e fluxo moderado. Hoje, no entanto, a gama de possibilidades aumentou e a dança cumpre um papel fundamental para o aumento da autoestima dessas pessoas. Um dos principais diferenciais da dança é o estímulo ao convívio social, algo fundamental para quem chega à terceira idade. Em alguns casos, o idoso pode sentir-se solitário ou abandonado, já que passa mais tempo em casa e não mantém a rotina atribulada de outros tempos. E uma das principais consequências acaba sendo a depressão. Nesse sentido, a dança surge como um forte estímulo físico e emocional, promovendo a integração de várias pessoas que, afinal, podem ter muito em comum e criar assim novos laços de amizade, gerando um novo ciclo de independência e autonomia na vida dos idosos.
Aprender, memorizar e se equilibrar: o que essas habilidades têm em comum? Bem, todas estão relacionadas com o hipocampo, área do cérebro que pode ficar comprometida com o avançar da idade. Mas um estudo do Centro Alemão para Doenças Neurodegenerativas revelou uma prática especialmente bem-vinda para essa região: a dança. Os pesquisadores compararam a atividade com treinos de resistência e flexibilidade. Aí perceberam que principalmente em termos de equilíbrio, mexer o corpo ao ritmo da música é mais vantajoso. Isso porque as mudanças de movimento típicas do bailado aprimoram essa função mais do que os exercícios clássicos. Fora que os mais velhos precisam se lembrar das coreografias, o que, de quebra, favorecia a memória. Dançar ainda melhora a autoestima e o estado de espírito.
As aulas de dança são ótimas, mas, como qualquer atividade física, demandam cuidados. Pode-se se esforçar e ficar cansado, mas não se deve sentir dor. É preciso respeitar os limites do corpo sempre! Outras maneiras de zelar pela cabeça dos mais velhos é ficar longe do cigarro, não exagerar no álcool, incluir peixes, castanhas e frutas na dieta, investir em atividades culturais como clubes de leitura, e não deixar de socializar, ouvir e compartilhar experiências é fundamental para afiar a cuca. Com a chegada da terceira idade, corpo e mente passam por grandes mudanças, dando origem a algumas limitações físicas. Não é fácil adaptar-se ao novo estilo de vida, por isso algumas práticas auxiliam nesse processo, tornando a vida mais agradável. A dança tem assumido um papel importante na vida dos idosos, ganhando muitos adeptos e melhorando sensivelmente a sua qualidade de vida.
Principais benefícios da dança para os idosos:
– Bem-estar físico e emocional;
– Exercício de vários grupos musculares;
– Ganhos de agilidade e na coordenação motora;
– Melhorias à atividade cardiorrespiratória;
– Estímulo à atenção e à memória;
– Incentivo à concentração e melhora no equilíbrio;
– Ajuda no combate à depressão e melhora a autoestima.
Postado: Leila Ruver
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