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Política - 05/02/2018 - Temer reforça prioridade para reforma da Previdência em mensagem ao Congresso


Também hoje, relator do texto disse que \'dificilmente\' o projeto vai ser aprovado

A reforma da Previdência vai ser questão-chave para os trabalhos do Congresso Nacional em 2018. O tema, ainda sem consenso entre os parlamentares, é tratado como prioritário pelo presidente da República, Michel Temer, em mensagem presidencial enviada ao Congresso. Com a leitura, dá-se início à sessão solene de abertura dos trabalhos legislativos deste ano.

“Na sessão legislativa que ora se inaugura, nossas atenções estão voltadas para a tarefa urgente de consertar a Previdência. O atual sistema é socialmente injusto e financeiramente insustentável. É socialmente injusto porque transfere recursos de quem menos tem para quem menos precisa, concentrando renda. É financeiramente insustentável porque as contas simplesmente não fecham, pondo em risco as aposentadorias de hoje e de amanhã”, cita a mensagem, lida pelo primeiro secretário da Mesa Diretora do Congresso Nacional, deputado Fernando Giacobo (PR-PR). A mensagem do presidente da República, Michel Temer, foi entregue pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.

Ainda segundo o texto, em 2017, a Previdência Social registrou déficit recorde de R$ 268,7 bilhões – 18,47% maior que em 2016. “A sociedade brasileira mostra-se cada vez mais consciente de que a reforma é questão-chave para o futuro do Brasil. A reforma combate desigualdades, protege os mais pobres. Responde à nova realidade demográfica de nosso País e dá sustentabilidade ao sistema previdenciário”, completa a mensagem.

 

Relator

Também hoje, o relator da reforma da Previdência na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), disse que “dificilmente” o projeto vai ser aprovado caso não seja apreciado em primeira votação até o fim de fevereiro. No dia em que o Congresso Nacional retoma os trabalhos, o relator admitiu que as regras de transição para acesso à aposentadoria podem mudar. Disse, no entanto, que o importante é não mexer em dois pontos chaves do texto que extinguem privilégios.

Em entrevista a jornalistas antes da sessão do Congresso que deu início ao ano legislativo, Arthur Maia disse que ainda “não tem nada fechado” quanto a novas alterações que garantam mais votos favoráveis à proposta.

“A gente está numa situação em que não há mais como esperar. Estamos em um momento decisivo. Ou vota, ou então tira [da pauta] e acaba com essa conversa. Eu pessoalmente acho que se não votarmos em fevereiro, não há mais o que ser feito. Se não fizermos essa primeira votação até o final de fevereiro, e não estou garantindo nada, aqui nem é a opinião do relator, é a de um deputado, acho que dificilmente teremos condição de votar isso em março”, disse o relator.

 

Fonte:Agência Brasil

Postado: Leila Ruver
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