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Texto de Opinião - 04/01/2017 - Felizes no ano novo-Por Padre Renato José Rohr


Leia na íntegra

Desejar feliz ano novo, receber votos de realizações e progresso. Tudo faz parte da data comemorativa. Para ter um ano verdadeiramente bom cheio de realizações e alegrias é preciso ser bom e fomentar o bem. Tudo poderia até transcorrer bem, mas, somente, nos sentiremos bem se formos bons.

 

São tantos os votos, e trocas de presentes, foguetórios e festanças. Muito se espera que aconteça o novo, mas, poucos são os que fazem acontecer. Até se cria uma falsa ilusão como se algo de novo acontecesse como num toque mágico por causa de uma data. A mudança da data nada faz acontecer por si. O tempo deste novo ano será bom na medida em que nós formos bons. Sabemos que a vida de cada ano é um tempo da graça de Deus para nós, por isso, somos nós que devemos ser bons no espaço de tempo que Deus nos concede. Não existem tempo bom para uma vida não bem vivida. Não é o espaço geográfico, nem o tempo histórico que é o mais importante, mas, o agente histórico que faz acontecer. Também não são as coisas que importam, mas, o ser humano quem faz a história acontecer de maneira melhor ou pior.

 

A felicidade é uma conquista, não basta deseja-la. É nos exercícios espirituais e nas obras de caridade que ela é alcançada. Para alguém ter um ano verdadeiramente novo é preciso que deixe o que é velho para trás. Bom seria se todos, durante o decorrer do ano e até o seu final, pudéssemos dizer sempre; até aqui vivi bem, só fiz obras boas, consegui deixar o velho pecado para trás. Podemos falar em ano novo tendo vencido o que era velho. Se o convite à volta para o pecado é forte muito superior deve ser, em nossa vida, o apelo da graça. Que no final, deste ano já iniciado e à caminho para o seu final, ninguém precise ter remorsos por ter praticado erros ou se omitido em boas ações. Assim como todos os anos foram passageiros, este ano também é passageiro, por isso, mesmo devemos ser pressurosos na prática do bem. O tempo que Deus nos concede é para acumular bens para o tesouro eterno os quais ninguém poderá roubar nem a traça poderá corroer (cfr. Mt 6, 19,21).

 

Muitas vezes nem percebemos quanto vivemos dispersos e nem sempre nos ocupamos bem, às vezes demasiadamente ocupados com coisas que não acumulam em nada para o tesouro eterno. Amigo e amiga! Basta olhar para os primeiros dias do ano que já estão no passado, o que realmente fizemos de bom, que obras boas fizemos? Amanhã este dia também será do passado, por isso, vivamos sempre bem o dia de hoje, pois, o passado já foi e o dia de amanhã ainda não nos pertence. Oxalá amanhã nos sintamos mais felizes por termos vivido bem o dia de hoje. Amanhã, o dia de hoje, já será o dia de ontem. Só pode ter remorsos quem não viveu bem o seu passado. Que no futuro possamos sentir somente alegrias por termos vivido bem o nosso passado. Façamos o compromisso de viver bem os restantes dias deste ano.

 

Ariquemes, 04/01/17 Pe. Renato José Rohr scj

Postado: Clécio Marcos Bender Ruver
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