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Ageleite - 03/02/2012 - Momento Leite 087


Confira os destaques desta edição

 

Destaques da edição nº.87 do Momento Leite:
PRODUZIR LEITE COM QUALIDADE - Leite de qualidade é aquele resultante da ordenha higiênica feita de vacas sadias, sem riscos para a saúde humana. É um produto de alto valor nutricional que está presente in natura ou na forma de derivados, na mesa de todos os brasileiros, assim como o arroz e o feijão. Além de rico em vitaminas e minerais, o leite é também fonte de proteína, gordura e açúcares. Mas até a pouco tempo atrás, quando se falava em qualidade deste importante produto do meio rural, as referências consideradas no meio do produtor eram: acidez em alizarol, fraudes por água e de desnate, e adição de conservantes. Com a Instrução Normativa 51 do Ministério da Agricultura, o parâmetro mudou.
A produção de leite passou a considerar outros aspectos de qualidade. A exigência ditada pela regra aumentou e o padrão de qualidade necessário ao produto entregue nos laticínios passou a levar em conta outros elementos como o teor de gordura e proteína, a Contagem de Células Somáticas (CCS), a Contagem Bacteriana Total (UFC) e os resíduos de antibióticos. Para se manter, hoje, dentro dos padrões mais rigorosos, é necessário o controle das fontes de contaminações, e isso, naturalmente, implica em uma remuneração diferenciada pela matéria-prima melhorada.
A remuneração por qualidade é uma política de incentivo que deverá ser adotada pelas industrias de laticínios. Trata-se de uma evolução no sistema de comercialização de leite e de um aprimoramento das relações entre as indústrias e produtores. Portanto, diante disso, são essenciais algumas dicas para o efetivo controle das fontes de contaminação do leite:
. Vacas sadias e bem nutridas;
. Ordenhador isento de doenças infectocontagiosas, trajando roupas limpas e usando unhas bem cortadas;
. Local da ordenha limpo e calmo;
. Teste da caneca telada diário, eliminando os três primeiros jatos de leite de cada teto do animal. Se houver grumos ou pus, deve-se realizar o tratamento para mamite clínica e manejo em linha de ordenha;
. Teste CMT a cada quinzena, para detecção da mamite sub-clínica;
. Desinfecção dos tetos e da mão do ordenhador depois de o bezerro apojar, usando solução de cloro e água. A mistura deverá conter quarenta mililitros de água sanitária em cinco litros de água pura;
. Secagem dos tetos com papel toalha;
. Ordenha de forma ininterrupta dentro de sete minutos a contar da descida do leite;
. Uso de coador para coar o leite no latão e tanque de resfriamento;
. Depois da ordenha, colocar a vaca para comer no cocho ou soltá-la imediatamente para o pasto com boa disponibilidade de forragem;
. Levar o leite imediatamente para o tanque de resfriamento;
. Efetuar a limpeza do local e utensílios usados na ordenha;
Podemos dizer, finalmente, que a produção de leite de qualidade é um desafio possível de ser enfrentado e superado por produtores em propriedades com qualquer nível de desenvolvimento tecnológico. O importante é focar nos hábitos corretos de higiene da ordenha e do manejo do rebanho.

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Para acompanhar os destaques do Momento Leite acesse: www.guiacrissiumal.com.br

Postado: José Valdenir Mallmann
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