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Texto de Opinião - 02/08/2017 - A alegria sacerdotal - Por Padre Renato José Rohr


Leia na íntegra

Pelo batismo conceder a filiação divina. Pela benção do matrimônio concretizar a aliança entre esposo e esposa. Acolher um penitente e lhe conceder a misericórdia divina. Atender um doente e lhe ministrar o sacramento da unção. Celebrando a Eucaristia tornando presente o próprio Cristo sobre o altar. Estar a serviço é gratificante.

Cada vocação tem a sua maneira de estar a serviço. O próprio celibato é a maneira de ser mais disponível para Deus e para os irmãos. O não apego a uma pessoa para ser disponível e servir e amar a todos. Cada um tem a sua experiência vocacional, também, cada um tem tantas experiências gratificantes que realizam a vida do sacerdote. É motivo de muita alegria perceber que pessoas se sentem aliviadas ao lhes ser administrado um sacramento ou uma benção ou uma palavra. Ser sacerdote é ser de Cristo, instrumento em suas mãos para que Ele realize nas pessoas a salvação e santificação pelos sacramentos. O sacerdócio instituído pelo próprio Cristo para o bem e salvação de toda a humanidade. O sacerdócio é do próprio Cristo que continua a agir no meio da humanidade através de seres humanos consagrados a Ele. O Padre sendo instrumento frágil, por eles, Ele realiza sua obra divina. O sacerdote é ministro dos sacramentos e ao mesmo tempo alvo da misericórdia divina.

Com humildade e gratidão o sacerdote sempre lembra que a ação que se realiza através dele é obra divina. O sacerdote não pode ficar parado deve servir sempre. Jesus escolhe os seus e os envia. O sacerdote está a serviço tanto a conhecidos como a desconhecidos. É pelos sacramentos que nos aproximamos de quem deles precisa como também os sacramentos nos irmanam. O próprio exercício sacerdotal fortalece e anima a quem exerce este ministério. O Papa Francisco também nos diz; “O senhor ungiu-nos em Cristo com o óleo da alegria, e esta unção convida-nos a acolher e cuidar deste grande dom: a alegria e o júbilo sacerdotal. A alegria do sacerdote é um bem precioso tanto para si mesmo como para todo povo fiel de Deus: do meio deste povo fiel é chamado o sacerdote para ser ungido e ao mesmo povo é enviado para ungir”. Em cada sacramento e oração o Padre está exercendo, celebrando e zelando pelo seu sacerdócio. O sacerdócio de uma pessoa é servir a comunidade e não pode ficar encaracolado em si mesmo. Seria a mesma coisa que um caracol que não sai da sua concha tende a morrer. Toda vocação exige alguma renúncia e de modo especial o sacerdócio exige renúncia, não como perda, mas como busca do bem maior. A grande alegria do sacerdote é se sentir colaborador na salvação das pessoas.

Nós padres nos alegramos com o povo de Deus que participa do nosso sacerdócio buscando a vida sacramental, celebrando ou rezando conosco e rezando por nós. O Povo tem necessidade dos sacerdotes como também os sacerdotes precisam do povo de Deus.

Ariquemes, 02/08/17 Pe. Renato José Rohr, scj.

 

Postado: Leila Ruver
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