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Texto de Opinião - 01/02/2017 - Felicidade - Por Padre Renato Jose Rohr


Leia na íntegra

A felicidade não provém das riquezas, nem do ter, nem da fama ou poder. A verdadeira felicidade é fruto de ter Deus em sua vida. Até o profeta recomenda aos humildes buscarem Deus por que os orgulhosos se voltam sobre si mesmo.

 

É desejo de todo ser humano ser feliz, embora muita gente tem uma concepção errada do que seja a felicidade e o que é essencial para alguém ser feliz. Não é a abundancia do ter. Poderia alguém ter muita riqueza, muitos bens materiais, mas, poderia ser alguém totalmente infeliz. A grande riqueza, para muitos, é motivo de preocupação e não de libertação. O risco de perder tudo o que foi conquistado, com muito suor e sacrifício, não dá segurança ao proprietário. Não é nem a riqueza ou pobreza em si que frutifica na felicidade ou infelicidade, mas é o espírito com que se vive a realidade do dia de hoje em vista do futuro, ou seja, da felicidade eterna. Cada pessoa tem o direito à felicidade e é cada um que a constrói. Certas circunstâncias podem favorecer às vezes, mas, não nos devemos deixar levar por circunstâncias periféricas. A vida deve ser vivida não tendo como centralidade as coisas, mas, o criador a quem sempre devemos nos confiar, a quem sempre devemos confiar nossa vida.

 

A felicidade nesta vida já é uma conquista, mas a conquista maior é a felicidade eterna, sabendo que a felicidade eterna passa pela nossa experiência de vida na terra. É Jesus quem nos propõe o que fazer para ser feliz. O que Jesus nos propõe é totalmente contrário ao que nos dizem as propostas do mundo que fala da felicidade de quem tem fama de quem possui muitos bens e de quem até é tratado como um ídolo. Jesus nos diz que é feliz, ou bem-aventurado quem é simples, humilde, paciente misericordioso, pobre, manso que tem o coração puro e até mesmo quem é perseguido ou maltrado por causa d’Ele (cfr. Mt 5). As bem-aventuranças libertam.

 

Ao olhar cada um a própria vida certamente a consciência não nos enganará para nos dizer se buscamos um prazer temporário ou se realmente buscamos a felicidade eterna. É verdade que a felicidade exige de nós certas renúncias para criarmos um espaço de Deus em nossa vida. É triste ver certas pessoas, iludidas pelas atrações mundanas buscarem uma satisfação passageira que só lhes trará preocupações estragando a própria alegria de viver a vida com dignidade. É ilusório buscar a felicidade nas drogas, no sexo, nos bens materiais. No entanto sabe-se que muita gente busca no submundo do mundo o que é mundano, prazeroso, estragando a própria vida e a vida da família. Pena que muitos só acordam quando já é tarde e não tem mais volta, sofrem e fazem tanta gente sofrer. Mesmo sabendo que estão no erro não são capazes de reagir e até mesmo incapazes de aceitar que alguém lhes ajude para sair do posso fundo que eles mesmos cavaram para si.

 

Amigo e amiga! Saibamos sempre buscar a verdadeira felicidade e não alegrias ou prazeres passageiros que serão um peso, busquemos os bens espirituais.

 

Boa Vista do Buricá, 01/02/17 Pe. Renato josé Rohr scj.

Postado: Leila Ruver
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